Capitulo Oito

domingo, 31 de julho de 2011.
Acordei na manhã de sábado e fui direto tomar banho.

Sai do banho e fui para o quarto escolher a minha roupa.

Decidi por um short preto curto – de alfaiataria -, e uma regata azul-clara. Fiz uma maquiagem leve, coloquei brincos de prata e um cordão também de prata com um pingente de cristal.

Já disse que eu amo cristal? Pois é, eu amoo cristal!

Peguei minha bolsa preta, calcei uma sandália de salto preta e fui da uma olhada no espelho.

Lock básico e elegante.

Saí do quarto e encontrei com Isabel.

- Hei, tudo bem? – ela perguntou um pouco preocupada.

- Sim, perfeitamente bem!

- Hei meninas! – disse Carol chegando até nós. – Prontas?

- Sim. – Eu e Isabel respondemos juntas.

- Então vamos! – disse Carol balançando as chaves do seu carro.

Nós chegamos ao estacionamento da academia e fomos para a fila da direita em direção ao carro da Carol e...

Uau!

Calma aí, uau de novo.

Aquela era uma BMW M6?!

Sim era e... Ela era vermelha sangue.

Super discreto - pensei ironicamente.

- Hei, não era para nós passarmos despercebidos entre os humanos? – perguntei ainda atônica.

- Sim. – disse Isabel.

- Hãm, e como nós vamos passar despercebidas nesse carro?

Fala serio! Um M6 numa cidadezinha no interior de Minas Gerais? Isso ia ser um acontecimento.

- Relaxa, Mel. Todos da cidade sabem que aqui na Academia São Francisco só estudam “riquinhos filhinhos de papai”. – disse Carol ironicamente.

- Ok, já que vocês estão falando...

- Vamos logo Mel! – disse Isabel claramente impaciente.

- Vamos. – eu disse abrindo a porta do carro.

Carol foi para o lado do motorista, Isabel no lado do carona e eu no banco de atrás.
A “viagem” para o shopping, que ficava em outra cidade, durou mais ou menos quarenta minutos.

O shopping era bem grande. Três andares e mais o estacionamento.

- Bom, aonde nós vamos primeiro, Mel? – perguntou Isabel.

- Fazer compras!

- Uhu! Sim, sim compras! – disse Carol com um entusiasmo enorme.

Começamos a "bater-perna" no shopping olhando todas as vitrines e entrando em todas as lojas.

- Aqui, o que vocês acham? – perguntou Isabel.

Ela estava com uma blusa pink, tomara-que-caia, com detalhes esverdeados na barra.

Olhei para a blusa, olhei para Isabel, olhei para Carol que fez a mesma coisa.

- Não! – eu Carol respondemos juntas.

- É amiga você realmente tem um gosto duvidoso para moda! – eu disse.

- Me poupe Isabel! Pink com verde? Só você mesmo. – disse Carol balançando a cabeça.

- Vamos a outra loja aqui não tem nada que preste! – disse baixinho.

Elas riram.

Saímos da loja e paramos em frente a uma boutique que me pareceu realmente amistosa.

Ela era pequena com a fachada de viro fumê, ou seja, não dava para ver nada lá dentro.

- Essa loja é ótima, o dono é um vampiro. Todas as ultimas tendências da moda estão aí dentro!

- E por que é que vocês não me disseram isso ante? Nós teríamos vindo direto para cá! – eu disse.

- Ah, sei lá, eu esqueci. – disse Isabel.

Entramos na loja e... Uau!

Dentro as paredes eram pretas e vermelhas sangue, havia um balcão de mármore negro no fundo da loja, provadores à esquerda, um sofá enorme vermelho a direita, varias araras com vestido, blusas, calças e shorts, prateleiras com sapatos e ao lado direito do balcão havia uma estante de vidro transparente exibindo diversos perfumes. 

- Posso ajudá-las senhoritas? – disse uma atendente humana. Parecia ter uns vinte anos, era branca, ruiva, altura mediana e usava um uniforme que consistia em uma blusa social vermelha e uma calça preta também social.

- Claro, queremos ver sapatos! – eu disse.

- Sigam-me, por favor. – disse a atendente.

Paramos em frente a uma prateleira e a mulher começou a tirar caixas e mais caixas.

- Essa e a nossa nova coleção do designer francês Jean Pirrey. – dizendo isso a humana começou a tirar os sapatos das caixas.

Tinha um scarpin preto de salto alto que era um sonho.

- Eu quero! – eu disse olhando o scarpin. – Eles são perfeitos!

Carol estava olhando uma bota marrom de couro com fechamento lateral e salto alto fino. Pude os olhos de Carol brilhar com a bota.

- Leva Carol, são lindas. – eu disse.

- Você acha, Mel? – disse Carol.

- Claro! – eu disse e me virei para Isabel. – Não gostou de nada Isabel?

- Sim uma sandália preta e prata. – disse Isabel levantando a sandália.

Wow! Até que enfim. A sandália era preta de salto fino na parte da frente era trançada com tiras prata.

- É linda Isabel. – Carol disse.

- Leva! – eu disse.

Eu saí da boutique com meu par de scarpin e mais uns cinco pares de sapatos todos do Pierrey, alem de, uma blusa azul muito linda. Carol levou a bota e uma calça jeans azul skinny. Isabel levou a sandália e um vestido lilás que era um sonho!

Andando pelo shopping percebi que ainda não tinha comido nada.

- Vamos comer alguma coisa? – eu disse.

- Claro, estou faminta. – disse Carol.

- Então vamos. – disse Isabel indo para a escada rolante.

Fomos para um pequeno restaurante muito aconchegante, que ficava no segundo piso e nós sentamos em uma mesa discreta no fundo do restaurante.

- Bom dia senhoritas, meu nome é Carlos e eu irei servi-las hoje. – disse o garçom.

- Bom dia Carlos. – eu disse olhando para ele. Bem, não exatamente para ele e sim para o pescoço dele. Eu não tinha me alimentado ainda. Quando ele pendeu a cabeça para o lado - esperando uma resposta para uma pergunta que eu não ouvi -, seu pescoço ficou totalmente exposto só esperando os meus caninos se afundarem nele. Hum...

Senti um chute na minha canela.

- Mel, o que você vai querer? – disse Carol me encarando.

- Err... hum... uma sala e um peito de frango grelhado. – respondi saindo dos meus pensamentos.

- Mas alguma coisa senhoritas? – Carlos perguntou gentilmente olhando nos meus olhos e sorrindo.

Ok, ele pensou que estava dando em cima dele!

Se ele soubesse dos meus pensamentos maléficos em relação ao pescoço dele...

- Não obrigada. – eu respondi com um sorriso tímido.

Minhas presas estavam latejando. Eu deveria ter me alimentado antes de sair da academia.

Comemos sem falar nada. Pagamos a conta e saímos.

- Mel, por que você não se alimentou na academia? – perguntou Carol.

- Esqueci! – respondi.

- Acho melhor a gente ir embora. – disse Isabel.

- Nada disso. Eu posso muito bem me controlar.

- Tem certeza? – perguntou Isabel.

- Absoluta! – respondi.

- Então esta bem. – disse Isabel.

- Vamos procurar um salão de beleza, para fechar o nosso “dia de meninas” com chave de ouro. – eu disse. 

- Tem um salão muito bom aqui... – disse Carol.

- Na verdade é mais um spa. – completou Isabel.

- Ótimo, vamos! – eu disse animada e já esquecendo da minha sede.

Chegamos ao terceiro piso e fomos direto para o spa.

O spa era pequeno – claro dentro de um shopping, o que eu queria? -, mas aconchegante. A recepção tinha as paredes brancas, piso de cor areia e um balcão bege.

- Boa tarde senhoritas em que posso ser útil? – perguntou a recepcionista. Ela era morena, com cabelos lisos e castanhos, olhos pretos e em seu crachá li-se MÁRCIA.

- Bem, nós não temos hora marcada, mas queríamos saber se você poderia nos encaixar em um horário essa tarde. – eu disse.

- E o que as senhoritas têm em mente?

- Queremos fazer as unhas, massagens corporais e cabelo. – eu disse e sorri, sem mostrar as presa, claro.

- Vejamos o que posso fazer pelas senhoritas. – ela disse virando-se para o computador.

Uns minutos depois ela nos disse:

- Bom consegui encaixar as senhoritas. – disse Márcia sorrindo.

- Obrigada. – eu disse.

- É só seguir este corredor e virar a direita outra recepcionista estará esperando-as. – ela disse indicando um corredor.

- Obrigada. – eu repeti e segui o corredor que ela disse.

- Mel, como você consegui fazer ela encaixar a gente?! – disse Carol.

- Eu só pedi. – respondi.

- Mel, ninguém consegue ser atendido sem marcar hora. – disse Isabel.

- Bem, então nós temos sorte.

- Mel, sério, como você fez isso? – disse Carol.

- Não sei, gente. Eu só pedi.

- Mel, as vezes você me surpreende. – disse Carol.

Chegamos no local onde a recepcionista indicou e outra recepcionista estava lá nos esperando assim como Márcia tinha dito.

- Boa tarde senhoritas. Queiram me seguir, por favor. – disse a recepcionista. Ela vestia calça social azul e uma camisa social branca.

A seguimos e chegamos em uma sala com as paredes de cor azul-bebê e piso branco, três macas, três roupões, três cabines – para trocar de roupa -, e três gostosos humanos lindos e loiros.

O que?! Três gostosos humanos lindos e loiros?!

Sim, eles eram lindos para simples humanos.

- As senhoritas podem se trocar nas cabines. – disse um dos gostosos.

Olhei para Isabel e Carol que também me olharam e fomos as três trocar de roupa.

Bem, normalmente a gente fica de biquíni, não é? Pois bem, esse não foi o nosso caso.

Como não sabíamos que íamos fazer massagens não trouxemos biquíni e tivemos que ficar de lingerie mesmo.

- Podem deitar-se senhoritas. – disse o humano que falou primeiro.

Tirei o roupão timidamente e deitei na maca de barriga para cima. Pude ver o meu massagista me olhar de cima a baixo e fiquei corada instantaneamente. Ele me olhou nos olhos, com desejo em seu olhar por um segundo e arrumou a expressão. Até os outros dois me deram uma secada. E eu fiquei ainda mais corada.

Ah, detalhe: eu usava uma lingerie preta com renda vermelha. 

- Meu nome é Miguel. – disse meu massagista e olhou para os outros que ainda me encamavam. Miguel esclareceu a garganta. Os outros voltaram para o trabalho.

- Meu nome é Rafael. – disse o massagista de Carol a minha direita.

- Meu nome é Gabriel. – disse o massagista de Isabel a minha esquerda.

Isso só podia ser uma piada. Criaturas ‘malignas’ sendo massageadas por humanos com nome de arcanjos?!

Miguel começou massageando meus pés. Suas mãos eram macias, firmes e delicadas.

Miguel tinha altura mediana, pele branca, músculos definidos -, mas ele não era o tipo muito musculoso -, olhos cinzas, feições masculinas cabelos loiros e curtos.

Suas mãos foram subindo pela minha perna seus olhos não saíram delas e eu já estava fazendo uma mudança de cenário...

Olhei para Carol e ela estava literalmente secando Rafael. Virei-me para Isabel e ela também dava uma conferida em Gabriel.

Miguel subiu suas mãos para a minha barriga e eu já estava pensando loucuras.

Sim, as vezes eu sou um pouco pervertida!

Miguel pendeu a cabeça para o lado e esse foi o seu erro. Fixei meus olhos em seu pescoço achando-o muito sexy. Minhas presas começaram a se alargar e latejar. Eu já estava salivando com o pensamento das minhas presas se afundando naquele pescoço sexy.

Eu tenho que parar com isso – pensei. Mas continuei olhando.

- Mel? – disse Carol tão baixo que quase nem eu escutei.

- Hum? – eu disse, no mesmo tom, sem desviar o olhar do pescoço de Miguel.

- Mel? – repetiu Carol.

- Oi? – disse olhando para ela relutante.

- Enxuga a baba e fecha a boba. Suas presas estão quase aparecendo. – articulou Carol.

Eu fechei a boca rapidamente, mas eu não estava babando!

- Obrigada. – articulei de volta. – Cuidado com os olhos. Se não Rafael vai sair daqui seco. – sorri.

Ela sorriu de volta e articulo.

- Pelo menos eu não estou babando.

- Eu não estou babando!

Ela riu em voz alta e eu fiquei séria e fingi que não foi comigo.

Miguel, Rafael e Gabriel levantaram o olhar e olharam para Carol que ficou quieta. Depois de um momento de desconforto eles voltaram a concentrar-se em nos massagear.

Olhei para Isabel e ela estava nos encarando.

- O que aconteceu? – articulou Isabel.

- Nada! – articulei de volta. – Pode aproveitar a vista do massagista gostosão eu não vou contar para ninguém. – sorri.

Ela sorriu e ficou corada. 

Depois de um momento Miguel disse:

- Deite-se de bruços, por favor.

Virei-me e ele voltou a massagear minhas pernas.

Deus que mãos macias!

Ok, eu sei que já disse isso, mas elas são realmente muito macias!

Suas mãos foram subindo para as minhas costas e meus ombros, massageando suavemente meus ombros tenso, parando um momento no lado direito das minhas costas perto da nuca. Exatamente em cima de uma marca de nascimento que eu tinha. Certamente ele ficou intrigado com ela. Era realmente diferente, consistia em uma lua cheia levemente mais clara que minha pele e dentro dela havia uma estrela de cinco pontas ligeiramente mais escura que minha pele.

Saímos da sala de massagem e eu estava nas nuvens. Super relaxada e calma.

Miguel era maravilhoso com as mãos.

- Mel, você não pode mais sair da academia sem se alimentar. – disse Carol.

- Por quê? – eu perguntei.

- Você esta a pondo de rasgar o pescoço do pobre do massagista! – disse Carol rindo.

- Vamos ao cabeleireiro! – eu disse como se Carol não tivesse dito nada.

Isabel riu.

- Você esta rindo do que Isabel? Esta pensando que eu não vi você conferindo o material do seu massagista. – disse Carol rindo.

- Como se você não tivesse secado o coitado do Rafael. – disse Isabel rindo ainda mais e Carol ficou vermelha.

- Pode deixar amiga, nós não vamos contar para ninguém. – eu disse rindo.

Fomos para a parte do salão do spa.

- Senhoritas? – disse uma recepcionista loira, alta e com olhos azuis. – Queiram me acompanhar.

Nós a acompanhamos e fomos para um lado do salão onde haviam varias mulheres sentadas e cabeleireiras fazendo movimentos rápidos e hábeis com escovas e tesouras.

Sentamo-nos e fizemos massagem e escova nos cabelo, sobrancelhas, limpeza de pele –uma coisa desnecessária, já que nós tínhamos peles perfeitas - e as unhas.

Saímos do salão e fomos direto para o estacionamento. Entramos no M6 de Carol e voltamos para a academia.

Viemos conversando sobre os nossos massagistas e rindo bastante.

Chegamos na academia e fomos em direção ao dormitório.

- Meninas, esse dia foi ótimo. – eu disse quando cheguei a porta do meu quarto.

- Eu também adorei. – disse Isabel.

- Foi simplesmente fantástico. – disse Carol. – Temos que fazer isso mais vezes.

- Concordo. – disse Isabel.

- Podemos fazer isso uma vez ao mês o que vocês acham? – eu disse.

- Apoiada. – disse Isabel.

- Totalmente apoiada. – disse Carol.

- Então depois a gente marca. Boa noite meninas. – eu disse.

- Você não vai conosco ao refeitório procurar os meninos? – disse Carol.

- Não, eu preciso de sangue. Desde ontem que eu não me alimento, então eu estou meio fraca. – eu disse.

- É mesmo, eu tinha esquecido disso. – disse Isabel. – Boa noite Mel!

- Boa noite. – eu disse.

- Boa noite. – disse Carol.

1 Comentário:

Melany disse...

Pronto! Agora o blog esta no msm "pé" que a comu! Assim que terminar de postar o capitulo 9 na comu eu posto ele inteiro aki!

Bjokas e até mais!!

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