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Capitulo Oito

domingo, 31 de julho de 2011.
Acordei na manhã de sábado e fui direto tomar banho.

Sai do banho e fui para o quarto escolher a minha roupa.

Decidi por um short preto curto – de alfaiataria -, e uma regata azul-clara. Fiz uma maquiagem leve, coloquei brincos de prata e um cordão também de prata com um pingente de cristal.

Já disse que eu amo cristal? Pois é, eu amoo cristal!

Peguei minha bolsa preta, calcei uma sandália de salto preta e fui da uma olhada no espelho.

Lock básico e elegante.

Saí do quarto e encontrei com Isabel.

- Hei, tudo bem? – ela perguntou um pouco preocupada.

- Sim, perfeitamente bem!

- Hei meninas! – disse Carol chegando até nós. – Prontas?

- Sim. – Eu e Isabel respondemos juntas.

- Então vamos! – disse Carol balançando as chaves do seu carro.

Nós chegamos ao estacionamento da academia e fomos para a fila da direita em direção ao carro da Carol e...

Uau!

Calma aí, uau de novo.

Aquela era uma BMW M6?!

Sim era e... Ela era vermelha sangue.

Super discreto - pensei ironicamente.

- Hei, não era para nós passarmos despercebidos entre os humanos? – perguntei ainda atônica.

- Sim. – disse Isabel.

- Hãm, e como nós vamos passar despercebidas nesse carro?

Fala serio! Um M6 numa cidadezinha no interior de Minas Gerais? Isso ia ser um acontecimento.

- Relaxa, Mel. Todos da cidade sabem que aqui na Academia São Francisco só estudam “riquinhos filhinhos de papai”. – disse Carol ironicamente.

- Ok, já que vocês estão falando...

- Vamos logo Mel! – disse Isabel claramente impaciente.

- Vamos. – eu disse abrindo a porta do carro.

Carol foi para o lado do motorista, Isabel no lado do carona e eu no banco de atrás.
A “viagem” para o shopping, que ficava em outra cidade, durou mais ou menos quarenta minutos.

O shopping era bem grande. Três andares e mais o estacionamento.

- Bom, aonde nós vamos primeiro, Mel? – perguntou Isabel.

- Fazer compras!

- Uhu! Sim, sim compras! – disse Carol com um entusiasmo enorme.

Começamos a "bater-perna" no shopping olhando todas as vitrines e entrando em todas as lojas.

- Aqui, o que vocês acham? – perguntou Isabel.

Ela estava com uma blusa pink, tomara-que-caia, com detalhes esverdeados na barra.

Olhei para a blusa, olhei para Isabel, olhei para Carol que fez a mesma coisa.

- Não! – eu Carol respondemos juntas.

- É amiga você realmente tem um gosto duvidoso para moda! – eu disse.

- Me poupe Isabel! Pink com verde? Só você mesmo. – disse Carol balançando a cabeça.

- Vamos a outra loja aqui não tem nada que preste! – disse baixinho.

Elas riram.

Saímos da loja e paramos em frente a uma boutique que me pareceu realmente amistosa.

Ela era pequena com a fachada de viro fumê, ou seja, não dava para ver nada lá dentro.

- Essa loja é ótima, o dono é um vampiro. Todas as ultimas tendências da moda estão aí dentro!

- E por que é que vocês não me disseram isso ante? Nós teríamos vindo direto para cá! – eu disse.

- Ah, sei lá, eu esqueci. – disse Isabel.

Entramos na loja e... Uau!

Dentro as paredes eram pretas e vermelhas sangue, havia um balcão de mármore negro no fundo da loja, provadores à esquerda, um sofá enorme vermelho a direita, varias araras com vestido, blusas, calças e shorts, prateleiras com sapatos e ao lado direito do balcão havia uma estante de vidro transparente exibindo diversos perfumes. 

- Posso ajudá-las senhoritas? – disse uma atendente humana. Parecia ter uns vinte anos, era branca, ruiva, altura mediana e usava um uniforme que consistia em uma blusa social vermelha e uma calça preta também social.

- Claro, queremos ver sapatos! – eu disse.

- Sigam-me, por favor. – disse a atendente.

Paramos em frente a uma prateleira e a mulher começou a tirar caixas e mais caixas.

- Essa e a nossa nova coleção do designer francês Jean Pirrey. – dizendo isso a humana começou a tirar os sapatos das caixas.

Tinha um scarpin preto de salto alto que era um sonho.

- Eu quero! – eu disse olhando o scarpin. – Eles são perfeitos!

Carol estava olhando uma bota marrom de couro com fechamento lateral e salto alto fino. Pude os olhos de Carol brilhar com a bota.

- Leva Carol, são lindas. – eu disse.

- Você acha, Mel? – disse Carol.

- Claro! – eu disse e me virei para Isabel. – Não gostou de nada Isabel?

- Sim uma sandália preta e prata. – disse Isabel levantando a sandália.

Wow! Até que enfim. A sandália era preta de salto fino na parte da frente era trançada com tiras prata.

- É linda Isabel. – Carol disse.

- Leva! – eu disse.

Eu saí da boutique com meu par de scarpin e mais uns cinco pares de sapatos todos do Pierrey, alem de, uma blusa azul muito linda. Carol levou a bota e uma calça jeans azul skinny. Isabel levou a sandália e um vestido lilás que era um sonho!

Andando pelo shopping percebi que ainda não tinha comido nada.

- Vamos comer alguma coisa? – eu disse.

- Claro, estou faminta. – disse Carol.

- Então vamos. – disse Isabel indo para a escada rolante.

Fomos para um pequeno restaurante muito aconchegante, que ficava no segundo piso e nós sentamos em uma mesa discreta no fundo do restaurante.

- Bom dia senhoritas, meu nome é Carlos e eu irei servi-las hoje. – disse o garçom.

- Bom dia Carlos. – eu disse olhando para ele. Bem, não exatamente para ele e sim para o pescoço dele. Eu não tinha me alimentado ainda. Quando ele pendeu a cabeça para o lado - esperando uma resposta para uma pergunta que eu não ouvi -, seu pescoço ficou totalmente exposto só esperando os meus caninos se afundarem nele. Hum...

Senti um chute na minha canela.

- Mel, o que você vai querer? – disse Carol me encarando.

- Err... hum... uma sala e um peito de frango grelhado. – respondi saindo dos meus pensamentos.

- Mas alguma coisa senhoritas? – Carlos perguntou gentilmente olhando nos meus olhos e sorrindo.

Ok, ele pensou que estava dando em cima dele!

Se ele soubesse dos meus pensamentos maléficos em relação ao pescoço dele...

- Não obrigada. – eu respondi com um sorriso tímido.

Minhas presas estavam latejando. Eu deveria ter me alimentado antes de sair da academia.

Comemos sem falar nada. Pagamos a conta e saímos.

- Mel, por que você não se alimentou na academia? – perguntou Carol.

- Esqueci! – respondi.

- Acho melhor a gente ir embora. – disse Isabel.

- Nada disso. Eu posso muito bem me controlar.

- Tem certeza? – perguntou Isabel.

- Absoluta! – respondi.

- Então esta bem. – disse Isabel.

- Vamos procurar um salão de beleza, para fechar o nosso “dia de meninas” com chave de ouro. – eu disse. 

- Tem um salão muito bom aqui... – disse Carol.

- Na verdade é mais um spa. – completou Isabel.

- Ótimo, vamos! – eu disse animada e já esquecendo da minha sede.

Chegamos ao terceiro piso e fomos direto para o spa.

O spa era pequeno – claro dentro de um shopping, o que eu queria? -, mas aconchegante. A recepção tinha as paredes brancas, piso de cor areia e um balcão bege.

- Boa tarde senhoritas em que posso ser útil? – perguntou a recepcionista. Ela era morena, com cabelos lisos e castanhos, olhos pretos e em seu crachá li-se MÁRCIA.

- Bem, nós não temos hora marcada, mas queríamos saber se você poderia nos encaixar em um horário essa tarde. – eu disse.

- E o que as senhoritas têm em mente?

- Queremos fazer as unhas, massagens corporais e cabelo. – eu disse e sorri, sem mostrar as presa, claro.

- Vejamos o que posso fazer pelas senhoritas. – ela disse virando-se para o computador.

Uns minutos depois ela nos disse:

- Bom consegui encaixar as senhoritas. – disse Márcia sorrindo.

- Obrigada. – eu disse.

- É só seguir este corredor e virar a direita outra recepcionista estará esperando-as. – ela disse indicando um corredor.

- Obrigada. – eu repeti e segui o corredor que ela disse.

- Mel, como você consegui fazer ela encaixar a gente?! – disse Carol.

- Eu só pedi. – respondi.

- Mel, ninguém consegue ser atendido sem marcar hora. – disse Isabel.

- Bem, então nós temos sorte.

- Mel, sério, como você fez isso? – disse Carol.

- Não sei, gente. Eu só pedi.

- Mel, as vezes você me surpreende. – disse Carol.

Chegamos no local onde a recepcionista indicou e outra recepcionista estava lá nos esperando assim como Márcia tinha dito.

- Boa tarde senhoritas. Queiram me seguir, por favor. – disse a recepcionista. Ela vestia calça social azul e uma camisa social branca.

A seguimos e chegamos em uma sala com as paredes de cor azul-bebê e piso branco, três macas, três roupões, três cabines – para trocar de roupa -, e três gostosos humanos lindos e loiros.

O que?! Três gostosos humanos lindos e loiros?!

Sim, eles eram lindos para simples humanos.

- As senhoritas podem se trocar nas cabines. – disse um dos gostosos.

Olhei para Isabel e Carol que também me olharam e fomos as três trocar de roupa.

Bem, normalmente a gente fica de biquíni, não é? Pois bem, esse não foi o nosso caso.

Como não sabíamos que íamos fazer massagens não trouxemos biquíni e tivemos que ficar de lingerie mesmo.

- Podem deitar-se senhoritas. – disse o humano que falou primeiro.

Tirei o roupão timidamente e deitei na maca de barriga para cima. Pude ver o meu massagista me olhar de cima a baixo e fiquei corada instantaneamente. Ele me olhou nos olhos, com desejo em seu olhar por um segundo e arrumou a expressão. Até os outros dois me deram uma secada. E eu fiquei ainda mais corada.

Ah, detalhe: eu usava uma lingerie preta com renda vermelha. 

- Meu nome é Miguel. – disse meu massagista e olhou para os outros que ainda me encamavam. Miguel esclareceu a garganta. Os outros voltaram para o trabalho.

- Meu nome é Rafael. – disse o massagista de Carol a minha direita.

- Meu nome é Gabriel. – disse o massagista de Isabel a minha esquerda.

Isso só podia ser uma piada. Criaturas ‘malignas’ sendo massageadas por humanos com nome de arcanjos?!

Miguel começou massageando meus pés. Suas mãos eram macias, firmes e delicadas.

Miguel tinha altura mediana, pele branca, músculos definidos -, mas ele não era o tipo muito musculoso -, olhos cinzas, feições masculinas cabelos loiros e curtos.

Suas mãos foram subindo pela minha perna seus olhos não saíram delas e eu já estava fazendo uma mudança de cenário...

Olhei para Carol e ela estava literalmente secando Rafael. Virei-me para Isabel e ela também dava uma conferida em Gabriel.

Miguel subiu suas mãos para a minha barriga e eu já estava pensando loucuras.

Sim, as vezes eu sou um pouco pervertida!

Miguel pendeu a cabeça para o lado e esse foi o seu erro. Fixei meus olhos em seu pescoço achando-o muito sexy. Minhas presas começaram a se alargar e latejar. Eu já estava salivando com o pensamento das minhas presas se afundando naquele pescoço sexy.

Eu tenho que parar com isso – pensei. Mas continuei olhando.

- Mel? – disse Carol tão baixo que quase nem eu escutei.

- Hum? – eu disse, no mesmo tom, sem desviar o olhar do pescoço de Miguel.

- Mel? – repetiu Carol.

- Oi? – disse olhando para ela relutante.

- Enxuga a baba e fecha a boba. Suas presas estão quase aparecendo. – articulou Carol.

Eu fechei a boca rapidamente, mas eu não estava babando!

- Obrigada. – articulei de volta. – Cuidado com os olhos. Se não Rafael vai sair daqui seco. – sorri.

Ela sorriu de volta e articulo.

- Pelo menos eu não estou babando.

- Eu não estou babando!

Ela riu em voz alta e eu fiquei séria e fingi que não foi comigo.

Miguel, Rafael e Gabriel levantaram o olhar e olharam para Carol que ficou quieta. Depois de um momento de desconforto eles voltaram a concentrar-se em nos massagear.

Olhei para Isabel e ela estava nos encarando.

- O que aconteceu? – articulou Isabel.

- Nada! – articulei de volta. – Pode aproveitar a vista do massagista gostosão eu não vou contar para ninguém. – sorri.

Ela sorriu e ficou corada. 

Depois de um momento Miguel disse:

- Deite-se de bruços, por favor.

Virei-me e ele voltou a massagear minhas pernas.

Deus que mãos macias!

Ok, eu sei que já disse isso, mas elas são realmente muito macias!

Suas mãos foram subindo para as minhas costas e meus ombros, massageando suavemente meus ombros tenso, parando um momento no lado direito das minhas costas perto da nuca. Exatamente em cima de uma marca de nascimento que eu tinha. Certamente ele ficou intrigado com ela. Era realmente diferente, consistia em uma lua cheia levemente mais clara que minha pele e dentro dela havia uma estrela de cinco pontas ligeiramente mais escura que minha pele.

Saímos da sala de massagem e eu estava nas nuvens. Super relaxada e calma.

Miguel era maravilhoso com as mãos.

- Mel, você não pode mais sair da academia sem se alimentar. – disse Carol.

- Por quê? – eu perguntei.

- Você esta a pondo de rasgar o pescoço do pobre do massagista! – disse Carol rindo.

- Vamos ao cabeleireiro! – eu disse como se Carol não tivesse dito nada.

Isabel riu.

- Você esta rindo do que Isabel? Esta pensando que eu não vi você conferindo o material do seu massagista. – disse Carol rindo.

- Como se você não tivesse secado o coitado do Rafael. – disse Isabel rindo ainda mais e Carol ficou vermelha.

- Pode deixar amiga, nós não vamos contar para ninguém. – eu disse rindo.

Fomos para a parte do salão do spa.

- Senhoritas? – disse uma recepcionista loira, alta e com olhos azuis. – Queiram me acompanhar.

Nós a acompanhamos e fomos para um lado do salão onde haviam varias mulheres sentadas e cabeleireiras fazendo movimentos rápidos e hábeis com escovas e tesouras.

Sentamo-nos e fizemos massagem e escova nos cabelo, sobrancelhas, limpeza de pele –uma coisa desnecessária, já que nós tínhamos peles perfeitas - e as unhas.

Saímos do salão e fomos direto para o estacionamento. Entramos no M6 de Carol e voltamos para a academia.

Viemos conversando sobre os nossos massagistas e rindo bastante.

Chegamos na academia e fomos em direção ao dormitório.

- Meninas, esse dia foi ótimo. – eu disse quando cheguei a porta do meu quarto.

- Eu também adorei. – disse Isabel.

- Foi simplesmente fantástico. – disse Carol. – Temos que fazer isso mais vezes.

- Concordo. – disse Isabel.

- Podemos fazer isso uma vez ao mês o que vocês acham? – eu disse.

- Apoiada. – disse Isabel.

- Totalmente apoiada. – disse Carol.

- Então depois a gente marca. Boa noite meninas. – eu disse.

- Você não vai conosco ao refeitório procurar os meninos? – disse Carol.

- Não, eu preciso de sangue. Desde ontem que eu não me alimento, então eu estou meio fraca. – eu disse.

- É mesmo, eu tinha esquecido disso. – disse Isabel. – Boa noite Mel!

- Boa noite. – eu disse.

- Boa noite. – disse Carol.
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Capitulo Sete

Começamos com uns exercícios leves, até pra mim. Mas depois fomos para os exercícios mais difíceis.

Depois de um tempo eu disse:

- Hei, posso te fazer um pergunta indiscreta? – eu disse olhando para o Diogo.

Ele me olhou por um batimento de coração. E então disse sorrindo suavemente:

- Eu não tenho namorada.

Que cara convencido!

- Não era isso que eu queria saber. – rebati, mas confesso que foi bom saber, pensei.

- Oh, desculpe. – ele disse um pouco sem graça.

- Ah, esquece. – eu disse sorrindo.

- O que você quer saber?

- Nada de mais. Eu só estava me perguntando quantos anos você tem. Eu sei que é falta de educação perguntar isso. Você não precisa responder. – disse desviando meus olhos dos dele.

- Ah, eu tenho duzentos anos.

- Duzentos? – perguntei chocada.

- Muito velho pra você? – disse sorrindo.

Eu estava enxergando mal ou aquele sorriso era sedutor?

Eu realmente precisava da terapia.

- Er... não é só que... qual é o que mais você tem para aprende?

- Na verdade a maioria dos que estão aqui é para se reciclar ou para passar o tempo. Quando você é imortal a vida pode ficar um pouco entediante.

- Hum... imagino. – eu disse pensativa.

- É sua primeira vez numa academia, não é? – ele perguntou.

- Sim.

- Quantos anos você tem? – ele perguntou realmente curioso.

- Cinquenta e cinco.

- Por que só agora você veio para a academia?

- Bem, se fosse pelo meu pai...

- Pai? – ele perguntou me interrompendo.

- Meu criador.

- Ahã.

- Bem, com eu ia dizendo se fosse pelo meu pai eu já teria vindo há muito tempo. Mas eu nunca quis sair de perto dele. E como eu tenho um gênio levemente difícil eu bati o pé todos esses anos.

- Levemente difícil? – ele disse rolando os olhos.

- Hei, eu não sou tão difícil assim!

- Ahãm sei. – disse sorrindo.

O que? Ele nem me conhecia e já ia dizendo que eu era difícil?

- Qual é o seu elemento, Diogo? – eu perguntei mudando de assunto. Antes que eu me estressasse com ele.

- Terra. O seu é ar, não é?

- Sim. – respondi mesmo sabendo que ele já sabia.

Como se todo mundo já não soubesse.

O silencio caiu.

Eu olhava para as minhas mãos então não podia ver para onde Diogo estava olhando.

- Diogo?

- Sim?

- Você já lutou contra um lobisomem? – perguntei em voz baixa.

Eu não sei por que perguntei isso a ele, mas...

- Sim, duas vezes. E você?

- Eu nunca lutei contra nenhum lobisomem. Mas já vi um. Um não – corrigi-me. - sete.

- Sete? – ele perguntou incrédulo.

- Sim, foi no dia da minha transformação. Eu estava fazendo trilha com uns amigos em uma floresta quando eles apareceram. – estremecei com a lembrança, mas continuei. – Sete lobisomens enormes e aterrorizadores. A última coisa que me lembro é de um daqueles monstros vindo em minha direção. – estremeci novamente.
Senti os braços fortes de Diogo me abraçarem.

- Eu ainda tenho pesadelos com eles, mesmo depois de todos esses anos.

Diogo me apertou gentilmente em seus braços.

- Sabe na noite em que eu descobri o meu elemento eu estava tendo esse pesadelo. Eu acordei tão aterrorizada pelo pesadelo que eu nem percebi que não estava na cama. E quando eu tentei levantar e vi que estava no ar o terror aumentou. E eu não sabia o que estava acontecendo. Foi por isso que eu não quis deixar Daniel. Ele é a única coisa próxima de família que eu tenho. Sempre quis estar com ele quando descobrisse meu elemento.

Diogo me apertou novamente. 

- Eu tenho tanto medo de não conseguir. De não ser forte o suficiente...

Foi aí que eu percebi que estava chorando.

- Oh, desculpe, geralmente não sou assim, tão melodramática. – disse timidamente.

- Shhh. – ele disse.

O que estava acontecendo comigo? Porque eu estava contando isso para ele? Por que eu resolvi desabafar logo com uma pessoa que acabei de conhecer?
É eu precisava de terapia urgente.

Nós ficamos em silencio por alguns minutos.

- Você sempre viveu entre humanos, não é? – ele disse em uma tentativa obvia de mudar de assunto.

Então eu percebi que ele ainda estava com os braços ao meu redor.

- Sim. – disse saindo do abrigo de seus braços. – E não era tão ruim. A parte mais chata é ter que fingir.

- Imagino... – disse pensativo. – Você deve ser super resistente a cheiro de sangue então.

Pude ouvir sua risada, mas não tive coragem de encará-lo depois de tudo o que eu disse.

Ele deveria esta me achando uma idiota. O que não era novidade. Acho que todo mundo dessa academia me acha idiota.

Ele não disse mais nada e então percebi que estava esperando uma resposta.

- Não, nem tanto. Eu tenho bastante autocontrole, quando você vive no meio de humanos é preciso, mas não super resistência.

- É, sangue direto da fonte? Irresistível. - ele disse rindo.

Eu tive que rir também. Ri e decidi encará-lo. Uma hora eu ia ter que fazer isso mesmo.

Virei-me e o aqueles olhos azul-escuros penetrantes, intensos estavam me encarando.

- Sim, irresistível. – eu disse sorrindo.

Ele continuou olhando diretamente nos meus olhos e eu sustentei seu olhar.

- Você não parece ter cinquenta e cinco anos. – ele disse com a voz baixa.

- Eu sei. – respondi com a voz baixa também.

Ele sorriu.

Eu sorri.

Diogo abaixou o olhar para o relógio e disse:

- Bem, nosso horário acabou. – ele foi em direção a porta do ginásio. – A gente se vê amanhã.

- Sim. – respondi.

Ele saiu.

Eu peguei minha mochila lilás e sai também.

Saindo do ginásio encontrei com Isabel e Carol indo para o dormitório.

- Hei, meninas!

- Hei.

- Hei.

- E aí Mel, como foi a aula? – disse Isabel.

- Deve ter sido um saco! – disse Carol.

- Não até que a aula foi legal. – eu disse.

Principalmente a parte em que Diogo me abraçou, pensei.

- Quem é o seu instrutor? – perguntou Isabel.

- É o Diogo.

- Que Diogo? – perguntaram juntas.

- Diogo Salles.

- O que? – disseram, não, gritaram juntas novamente.

- O que pergunto eu. – disse calmamente. – Para que todo esse escândalo?

É claro que eu sabia o porquê de todo o escândalo. Diogo era simplesmente lindo!

- Eu não acredito, Mel! O Diogo é muito lindo! – disse Carol.

- Carol, o Diogo é lindo. Mas em questão de beleza ninguém supera o Marco, ele é simplesmente perfeito. – disse Isabel, enfatizando “perfeito”.

- Ok, meninas vamos parar de discutir a beleza dos gatos dessa academia e vamos falar sobre o nosso dia de meninas.

- Sim, sim! – disse Carol, super animada. – Eu estou louca para fazer logo esse dia de meninas.

- Eu também. – disse Isabel. – Mal posso esperar. 

- Vamos lá para o meu quarto. Aí a gente pode conversar melhor. Marcar o dia, o que vamos faze e tudo mais.

- Então vamos. – disse Carol.

Fomos para o meu quarto combinamos tudo direitinho. Resolvemos fazer no sábado, não tínhamos aulas nos fins de semana e que poderíamos sair da academia para fazer compras e tudo mais.

Isso ia ser divertido!

Depois que elas foram embora tomei um banho, um pouco de sangue e fui dormir.

Eu estava na mesma floresta em que encontrei aqueles lobisomens.

Oh, não, Deus, não! Esse pesadelo de novo não!

Por que é que eu fui falar com o Diogo sobre isso hoje? Eu não merecia isso!

Esse pesadelo duas vezes na mesma semana?!

Era demais para mim!

Aquele lobisomem de pêlos marrons, olhos negros como a meia-noite, dentes enormes, vindo em minha direção naquela corrida agressiva.

Eu como sempre estava aterrorizada.

Mas então em vez de me atacar o lobisomem parou e ficou me olhando.

Aqueles olhos negros profundos e aí...

Acordei com alguém me sacudindo freneticamente.

Abri os olhos e vi Isabel me olhando preocupada.

- Mel! Mel!

- Isabel? – perguntei ainda sonolenta.

- Mel! Você esta bem? – disse com a mesma expressão preocupada.

- Eu... – droga! Ainda estava meio grogue. – Eu estou bem. O que aconteceu?

- Não sei eu ouvi um grito e vim ver se você estava bem. Bati na porta, mas você não abriu e tudo ficou silencioso aqui dentro, então abri a porta e você estava suspensa no ar a uns vinte centímetros da cama.

De novo?

Será que eu só levitava quando eu tinha pesadelos?

- Eu estou bem Isabel. Não foi nada de mais, só um pesadelo, só isso. Obrigado por se preocupar. – eu disse.

- Disponha. Amigos são para essas coisas. E não precisa se preocupar não falarei para ninguém. Boa noite. – dizendo saiu e fechou a porta brandamente.

Levantei da cama e fui para o banheiro.

Olhei-me no espelho e vi o que sempre via. Meus olhos verdes, minha pele morena, meus cabelos negos, nada fora do normal.

Voltei para a cama e adormeci de novo. Sem sonhos. 
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Capitulo Seis

Depois do jantar, nós continuamos mais um pouco no refeitório, mas logo me despedi e fui para o meu quarto.

Eu estava exausta!

Cheguei ao quarto e fui direto tomar uma ducha. A água quente ajudou um pouco a relaxar, mas não totalmente.

Quando eu deitei na cama, já cai dormindo. Em um sono sem sonhos, graças a Deus.

Acordei cedo no outro dia, e tomei um banho quente e demorado.

Saindo do banheiro vesti meu uniforme, tomei um copo de sangue, escovei os dentes, - por puro habito -, fiz uma maquiagem leve como sempre, calcei minhas sapatilhas e fui para a aula.

Eu tinha acordado como se nada tivesse acontecido. E eu estava feliz.

Cheguei à aula de alemão com um sorriso bobo nos lábios.

O professor ainda não estava na sala, o que quer dizer que os alunos conversavam e riam a vontade.

Sentei na mesma cadeira que eu tinha sentado nas outras aulas. Observei a sala.

Alex estava sentado com os seus amiguinhos populares. Acho que ele nem me viu entrar.

O que era bom, já que eu não queria falar do que tinha acontecido e eu tinha certeza que ele ia perguntar.

Alex fez um movimento para virar na minha direção. Eu rapidamente peguei meu caderno e um lápis e fingi esta escrevendo alguma coisa, para vê se assim ele não vinha falar comigo.

O que não deu certo.

Eu pude sentir ele se aproximando de mim e comecei a rabiscar um desenho no papel com expressão de concentração. Eu nem sabia o que estava desenhando na verdade, mas continuei com a mesma expressão.

Pude sentir Alex atrás de mim. Com certeza ele estava olhando por cima do meu ombro.

- Não te ensinaram que espiar por cima do ombro dos outros é falta de educação? – perguntei me virando para encará-lo.

Ele sorriu.

– Você desenha bem. – disse ele olhando para o desenho. – Você toca?

Olhei para o papel e vi que tinha desenhado meu violão com extrema perfeição.

- Talvez. – respondi com um sorriso sagaz.

- Eu tenho um amigo que toca. – disse ele.

- E...?

- Talvez eu apresente vocês algum dia desses. Vocês se dariam bem.

- Ah é?

- Sim.

- Por que você acha isso?

- Não sei, só acho que vocês se dariam bem.

Se for o Marco pode aposta que eu quero conhecer, pensei. Ah e me daria muito bem com ele.

Ah não, chega Melany, você na esta aqui para arrumar um namorado, repreendi-me mentalmente.

Que me fez lembrar uma coisa.

- Alex?

- Sim?

- E então como vai sua quase nova namorada? – perguntei inocentemente.

- Quem? – disse parecendo surpreso.

- Ah você sabe. A tal baixinha. Como é mesmo o nome dela? – fiz uma expressão de reflexão. – Ester, sim Ester é o nome dela, não?

- Como você sabe disso?

- As noticias correm meu amigo. – disse com a voz e a expressão misteriosa.

- Que seja. – disse ele. – E ela não é minha quase nova namorada.

- Não? Já evoluíram do quase namoro ao namoro? – perguntei inocentemente.

- Não e não evoluiremos para nada. Nós só ficamos e ela já anda dizendo por aí que nos estamos namorando!

- Então foi ela quem espalhou isso? – perguntei.

- Sim. – ele respondeu e eu pude ouvir a sinceridade em sua voz. – Ela é muito chata e eu mereço coisa melhor.

Ele sorriu e eu tive que rir também.

- Sim, você merece coisa melhor.

- É, mas eu vou ter que procurar em outro lugar, porque aqui não tem ninguém a minha altura.

- Oh, tem sim.

- Não tem não. Eu já procurei bastante.

- Talvez você esteja procurando no lugar errado.

Quando ele ia falar o senhor Fernando entrou na sala pedindo silencio. Alex me olhou por um instante, como se fosse me perguntar o que eu queria dizer com aquilo, mas então foi sentar na sua cadeira.

Ele estava com a pulga atrás da orelha. 

A aula de alemão passou rápido. E quando eu estava indo para a minha aula de magia elementar Alex me chamou:

- Mel!

Olhei para trás e ele já estava me alcançando.

- Mel, o que você...?

- Alex eu estou atrasada para minha aula depois a gente conversa, ok? – eu disse interrompendo-o.

Eu queria que ele pensasse no que eu tinha dito.

Saí correndo para a minha aula.

As aulas de magia elementar e literatura passaram em um piscar de olhos.

Quando saí do vestiário e cheguei no ginásio, só o Mark estava lá o que foi bom, por que ele ia me mandar fazer os meus exercícios antes que o resto da turma chegasse e ficasse me encarando.

E foi o que ele fez.

- Melany, hoje você vai continuar com os exercícios da ultima aula. Trinta minutos de corrida na esteira e trinta minutos de levantamento de peso, ok?

Eu o encarei, finalmente alguém me chamou de Melany ao invés de senhorita Lisli.

Eu estava nas nuvens!

- Ok. – disse um pouco desconcertada.

Foi eu terminar de falar os outros alunos chegaram.

Me apressei e fui para a área de musculação.

Como aconteceu na ultima aula eu me distrai e comecei a cantarola enquanto me exercitava.

E dessa vez Alex não veio falar comigo. Acho que ele ainda estava processando o que eu disse.

A aula terminou e depôs que eu me troquei fui para o refeitório, ainda tinha gente me olhando torto e eu pude ouvir umas risadinhas, mas sinceramente? Não dei a mínima.

Quando saí da fila do buffet Carol, Isabel, Bruno e Marcelo já estavam sentados à mesa.

Fui em direção a eles e sentei numa cadeia de costas para o salão.

- Hei, pessoal!

- Hei.

- Hei.

- Hei.

- Hei.

- Isabel, tenho uma bomba pra te contar!

- O que é? – ela perguntou curiosa.

Eu estava sentada ao lado do Bruno, Isabel na minha frente, Carol no lado direito e Marcelo no lado esquerdo de Isabel.

- Adivinha!

- Não faço a mínima ideia! – respondeu ela.

- Conta logo, Mel! – disse Carol.

- Ok. O Alex...

- Chega Mel! Não quero saber sobre o Alex. – disse Isabel me interrompendo.

- Calma! Deixa-me terminar.

- Mel, eu não quero saber que ele realmente está namorando a Ester.

- Eu sei que você não quer saber. E não é isso que eu tenho para te contar.

- O que é então?

- O Alex...

- O Alex o que Mel? – disse Carol impaciente.

- Calma!

- Conta logo! – disse Bruno. – Até eu já estou curioso.

- O Alex não está namorando nem quase namorando a Ester. – disse sorrindo amplamente.

Eles me encararam.

- Como assim? – disse Marcelo. – Todo mundo está dizendo que eles estão quase namorando!

- Uh-huh, mas acontece que eu falei com o Alex, discretamente é obvio, e ele disse que ela é quem está espalhando isso por aí e que ele só ficou com ela e não está nem vai namorar ela.

- Mel, às vezes eu tenho medo de você. – disse Bruno rindo.

Eu ignorei isso.

- Bem, agora nós temos que fazer ele “enxergar” a Isabel.

- Como assim? – perguntou Isabel ainda um pouco desconcertada.

- Minha amiga, você é linda! – eu disse.

- Com certeza. – disse Carol.

- Mas...

- Mas? – disse Isabel.

- Mas nós precisamos dá up no seu visual.

- Concordo. – disse Marcelo.

Nós o encaramos.

- O que? – perguntou ele.

- Esquece! Bem, nós poderíamos fazer um dia de meninas. 

- Como assim? – perguntou Isabel.

- Assim, nós, meninas – dei ênfase em “meninas” – tiramos um dia só para fazer coisa de mulher sabe? Fazer massagem nos cabelos, fazer as unhas, essas coisa. Apesar de, é claro, nós não precisarmos.

- Ótima ideia, Mel! – disse Carol.

- Isabel?

- Simplesmente amei! – disse ela.

- É, Bruno elas nos jogaram para escanteio. – disse Marcelo fingindo estar triste.

Bruno suspirou com o mesmo fingimento.

- Vocês mentem muito mal. – disse Carol.

- Também acho. – eu disse.

Isabel só balançou a cabeça em desaprovação.

Nós rimos.

O sinal tocou.

- Bem, pessoal, até mais. – disse indo para a minha aula.

Quando cheguei à sala a professora Karla já estava me esperando.

- Olá, senho... Melany!

- Olá, professora!

- Como vai? Está disposta a começar a aula?

- Claro, não vejo a hora de dominar o meu elemento.

- Ok, então vamos começar.

Começamos com exercícios de concentração e relaxamento. Até que eu consegui fazer uma leve brisa levantar os papeis que estavam sobre a mesa.

Eu vibrei!

Essa pequena evolução era como a manhã de natal pra mim.

Eu sei que eu não fiz nada de mais, mas mesmo assim eu estava em êxtase total.

Nossos exercícios continuaram do mesmo jeito concentração e relaxamento.

Eu não fiz muitos progressos, mas Karla disse que eu estava indo bem para meu primeiro dia.

Apesar disso, eu estava frustrada por não conseguir fazer mais coisas.

Quando a aula acabou eu fiz beicinho igual criança.

Eu queria aprender mais!

Quando cheguei a aula de língua portuguesa estava feliz. Não tinha conseguido muita coisa, mas estava realmente feliz.

As aulas passaram muito rápido.

Não sei se por que eu estava feliz ou por que eu estava ansiosa para começar com os treinamentos fiscos extras.

Sai da aula de hipismo e fui para o para o vestiário. Tomei um banho me troquei e fui para o ginásio ter a minha primeira aula extra de defesa pessoal.

Mark disse que meu instrutor ia ser um de seus melhores alunos.

Era o que eu esperava.

Cheguei ao ginásio e ele estava... vazio.

Eu não queria perder tempo. Já que era para eu treinar, eu ia treinar com ou sem instrutor.

Eu não sabia o que fazer então comecei a me alongar como se estivesse me preparando para uma aula de dança. Coisa desnecessária quando se é uma vampira, mas velhos hábitos nunca mudam.

Alonguei braços e pernas.

Repetia cada alongamento dez vezes e partia para outro.

Uns vinte minutos depois eu estava literalmente de bunda para cima.

Estava em pé com as pernas esticadas e as mãos no chão quando ouvi alguém se aproximando e logo ouvi uma voz baixa e calma, porem firme dizer:

- Senhorita Lisli, desculpe-me pelo atraso.

Levantei e comecei a esticar os braços, alongando-os. 

- Melany, me chame de Melany. – disse sem me virar para olhá-lo.

Mas que coisa!

Será que é difícil me chamar de Melany?

- Ok, Melany, desculpe-me por me atrasar. – disse ele.

Pude perceber em sua voz que estava sorrindo.

Virei-me para encará-lo.

Quando o vi cortei a respiração para não arfar.

Deus, ele era lindo!

Ele era um vampiro alto, quase tanto quanto Marco, sua pele tinha um leve bronzeado causado pelo sol, seus olhos penetrantes eram de azul-escuro, seus cabelos eram castanhos. Vestia uma calça de ginástica, larga, preta e uma camisa sem mangas verde, que mostrava todos os seus músculos.

Eu estava começando a ter fortes suspeitas de que no mínimo 95% dos caras dessa academia eram lindos!

De onde é que eles tiravam tantas beldades?

Seria difícil me concentrar com um professor tão bom assim. Está certo ele não era exatamente o meu professor, já que ele era aluno também.

O que me fez pensar... como eu nunca o tinha visto?

Bem, eu também não tinha reparado o Marco nas minhas aulas, então...

- Meu nome é Diogo Salles – disse interrompendo os meus pensamentos. –, mas pode me chamar só de Diogo. – sorriu encantadoramente.

- Muito prazer, Diogo. – disse sorrindo também.

Ele estendeu a mão e eu a peguei, - sua pele era tão macia! – nós balançamos nossas mãos por uns segundos enquanto ele dizia:

- O prazer é todo meu, Melany. – sorriu novamente.

Sorri de volta bobamente.

Eu tinha que parar com isso!

Pelo amor de Deus! Toda vez que um cara bonito chega perto eu ficava assim.

Isso já estava ficando desconcertante!

- Vamos começar? – disse me olhando com aqueles olhos penetrantes.

- Bem, eu já meio que comecei. Não sabia o que fazer enquanto esperava então comecei a me alongar como se fosse para dançar.

- Muito bom!

- Er... obrigado! – disse um pouco tímida.

- Disponha. – sorriu.

Deus, que sorriso!

Chega Melany repreendi-me mentalmente.
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